segunda-feira, 14 de junho de 2010

Público animado, som saturado (TRADUZIDO)

Gira 'Paraíso' Com uma mescla de novas canções e sucessos de sempre, o artista apareceu ontem no Estádio da Cartuja

Público animado, som saturado

Alejandro Sanz realizou duetos junto a outros cantores como Bebe, Vanesa Martín e o rapero Junior · A apresentação foi atrativa e envolvente

 
Ricardo Castillejo / SEVILLA | Atualizado 11.06.2010 - 07:36
 
O intérprete conquistou ontem a noite em torno de 25.000 pessoas que foram desfrutar de sua música.

 

Marcado por uma chuva de efeitos luminotécnicos -a real desapareceu antes de começar o espetáculo-, apareceu Alejandro Sanz no Estádio da Cartuja dez minutos depois das dez da noite (hora prevista para o início). "¿Tem concerto ou não tem concerto?", foram suas primeiras palavras e o "grito de guerra" para avisar aos seus 25.000 seguidores de que vinha com um ânimo excelente para começar e, além do mais, com vontade de deixar "no ar" essa sua alma, a que tanto gosta de falar em suas famosas letras.

Com uma inteligente mescla no repertório de novos temas (do seu mais recente disco, Paraíso Expréss) e esses outros que, durante muito tempo, engrossaram seu inumerável conjunto de admiradores, o intérprete foi desde Peter Punk, com o que arrancou sua apresentação, a clássicos como Viviendo deprisa e Corazón Partío. Melodias que formam parte já da memória coletiva e que, para certos casos, se converteram em duetos tão pouco afortunados como o de Cuando nadie me ve, oferecido junto a Bebe -cuja ínfima voz, apesar da ajuda da técnica, apenas se escutou-, ou os mais acertados de Lola, com a malaguenha Vanesa Martín, o Mala, recriada conjuntamente com o rapero Junior. Foram as "surpresas" que Alejandro quis trazer a uma cidade na que, é evidente, lhe unem fortes vínculos e, em consequência, muito carinho "Sevilla é a mãe dos paraísos, a ilha dos sonhos...", exclamava entre aplausos.

Como fãs, rostos conhecidos como os da apresentadora Cristina Tárrega -e seu marido, Mami Quevedo-, Pastora Soler, o humorista Miguel Caiceo e o toureiro Víctor Puerto e sua esposa Noelia. No entanto, a noite não resultou de todo "amável", pois a saturação da banda provocou mais que som, a sensação contínua foi de ruído. Com uns baixos marcados em excesso, as melodias -ainda que o público não deixasse de celebrar com emoção tema após tema- perderam brilho e, apesar dos esforços do maestro de cerimônias, a sensação final que ficava não era precisamente de harmonia.

Seja como seja, fique claro que não pretendemos aqui colocar em dúvida nem a profissionalidade nem o talento deste ídolo de massas que, aos seus 41 anos, segue arrasando por onde passa. Às provas nos remetemos e, em alusão a uma de suas composições, "todo lo que fue es lo que... es".

Claro que, seu show sim que evolucionou, pois, com um espírito talvez mais americanizado, tanto a disposição da banda e do coro como o resto de elementos que conformavam o conjunto evidenciavam que Alejandro volta com a lição bem aprendida do país por excelência do show business (onde reside). Isso sim, como se está e se canta na terra de um, não se está nem se canta em nenhuma terra.
 

 Andrea Borges.

ClubSanzBrasil

 

www.clubsanzbrasil.com

 


 



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