Alejandro Sanz disse que com "Paraíso Express" recuperou seguidores
Madrid, 26 abril - Alejandro Sanz, que no próximo sábado começa um tour que o levará três meses por Espanha e América com seu novo trabalho "Paraíso Express", assegurou hoje que com este disco recuperou seguidores que apreciavam mais sua primeira época como artista, mas negou haver "voltado atrás".
"Não é possível voltar, tudo o que passa na vida deixa um vestígio e isso te marca y marca seu futuro, tudo que venha depois não será como antes, por muito que se pareça", disse em uma entrevista com EFE.
O cantor começa dia 1° de maio na Plaza de Toros de los Califas, em Córdoba (sul da España), um tour que o levará a 26 cidades espanholas e doze norteamericanas - no total, 42 concertos -, para encarar de novo Latinoamérica entre outubro e dezembro.
É a primeira vez que se faz um espetáculo musical com estas características em Europa: três telas de lâmpadas LED, "como redes", explica Sanz, que se super colocarão ao redor do cantor e darão uma sensação tridimensional, de maneira que "se pode simular movimentos, ou que chove".
Alejandro Sanz se entusiasma quando fala dos avanços da tecnologia, seja dos 140 metros quadrados de telas hiperligeiras que fabricou LG para seu espetáculo (é o patrocinador do tour), como quando se refere à mudança que sua vida teve em poucos anos, por causa da internet.
"É que mudou nossa vida completamente e foi como quem não quer nada:aqui está o futuro. Há quinze anos não tínhamos celular, e hoje não podemos nos imaginar sem internet. No meu trabalho, por exemplo, ajudou muito na venda dos discos, pudemos fazer uma promoção diferente e muito mais direta. É outra maneira de fazer", disse.
Se declarou "enganchado" ao Twitter mais que ao Facebook porque limita os caracteres em 140 por entrada, de modo que não se eternizam as mensagens, e porque pode seguí-los por seu celular: "tenho o mesmo vício que todo mundo tem – disse – me custa desligar o celular".
Assegura que seus amigos, sobretudo sua mãe, o mantém "com os pés na terra y a cabeça sobre os ombros"; que o pior que aconteceu nesses anos desde que conheceu o êxito foi a perda do seu pai e que ele gostaria de manter mais contato com amigos de infância: "mas a vida nos leva por diferentes caminhos".
"Não me atrevo a me queixar da vida, não acredito que tenha direito de me queixar", resumiu o artista.
Minutos antes da entrevista com EFE, o cantor madrilenho (ainda que de profundas raízes ciganas) ofereceu uma multitudinária roda de imprensa a que assistiram várias centenas de pessoas, entre jornalistas nacionais e estrangeiros, assim como um grupo de fãs que animavam as respostas de seu ídolo com aplausos.
No entanto, não quis revelar que artistas o acompanharão em seus concertos, algum dos quais será gravado e alguns deles em 3D.
O acompanhará uma banda de nove músicos, dirigidos pelo novaiorquino Mike Ciro, para uma cenografia desenhada por Luis Pastor, que mudará o cenário a cada tema, graças a 28 motores móveis, e contará com 100.000 watts de luz.
Alejandro Sanz também se referiu aos downloades ilegais de música pela internet, os quais considerou que ameaçam muito mais os direitos dos artistas que a venda de discos piratas na rua."O problema é a mudança que estamos vivendo. Não pode ser que tudo na internet seja de graça: é um mundo paralelo, totalmente anárquico. Acredito que este é um momento de transição na indústria e que em algum momento terá que parar", disse o cantor a EFE.
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