E é que o músico espanhol mais importante das últimas décadas abriu seu novo tour mundial na praça de los Califas, quase a transbordar.
A organização comunicou que vendeu 10.000 entradas das quais 11.000 que se comercializaram para este evento, cujos preços eram de 36 e 70 euros. Regressava asim à capital, onde não fazia escala desde 2001, quando veio apresentar seu trabalho «El alma al aire» inaugurando, naquela ocasião, também um tour de concertos.
As 22:00 horas, Sanz, com pontualidade taurina, «saltou na arena», a um «contorno» como nunca antes se viu em Europa: um cenário que muda a cada tema e três telas hiperligeiras, de lâmpadas LED, eram uns secundarios de luxo para este «José Tomás» dá as notas: vendeu 21 milhões de discos, ganhou 17 vezes o prestigioso Grammy e esta é sua oitava gira internacional.
Bagagem suficiente para entender o motivo de que antes de se abrirem as portas da Praça de Toros seus arredores eram uma aglomeração de adolescentes, jovens, adultos, famílias inteiras, maiores...
Desde o primeiro «capotazo*», que o pegou interpretando «Mi Peter Punk» correspondente a seu último trabalho, o público se rendeu aos seus pés. Nas arquibancadas, estava pessoas como Sheila, uma adolescente, que foi ao concerto com três amigas e sua tia; todas fãs do cantor madrilenho -de raízes ciganas-. É um clássico exemplo de como transpassou gerações graças a duas frutíferas décadas de carreira. Bom, ultrapassa idades e fronteiras.
O «gene Sanz»
Elisette e Ayrton vieram de Madrid para vê-lo. São seguidores seus. «Eu mais», realça ela. «Não conseguimos vê-lo em Madrid [nas 8 atuações que fez lá com seu novo trabalho antes de embarcar na gira iberoamericana, anterior a esta]», explicaram. Por isso, se lançaram a conhecer Córdoba e a ter a satisfação de estreiar o tour.
Elisette e Ayrton vieram de Madrid para vê-lo. São seguidores seus. «Eu mais», realça ela. «Não conseguimos vê-lo em Madrid [nas 8 atuações que fez lá com seu novo trabalho antes de embarcar na gira iberoamericana, anterior a esta]», explicaram. Por isso, se lançaram a conhecer Córdoba e a ter a satisfação de estreiar o tour.
Sanz mesclou clássicos de seu repertório com seu último disco. E entre os brilhos das lâmpadas LED, o intérprete observou ao redor as camisetas rosas, com o lema «You are my paradise», de María del Mar, Mari Carmen y Anabel. São três onubenses* de trinta anos, que, com outras sete amigas, decidiram vir a Córdoba de despedida de solteira este fim de semana, e se encontraram com o «broche de ouro» de que podiam disfrutar de seu ídolo. O siguem desde os 14 anos y dizem que «musicalmente agora está muito bem».
Como cantor se lhe vê formidável, mas não perdeu esse «modo» cigano. Depois de dois temas, ganhou ainda mais as pessoas ao lembrar os «nove anos» que fazia que não estava na capital. «Como estão? Que satisfação! Esta será uma noite especial. Tinha que ser em maio e em Córdoba», disse ao público em alusão a eleição da capital para o início do tour.
As milhares de gargantas eram já só uma ao grito de «Alejandro, Alejandro, Alejandro... !».
As milhares de gargantas eram já só uma ao grito de «Alejandro, Alejandro, Alejandro... !».
Certamente que entre elas estavam as de Manuela e sua filha Marina, que reconhecia que «me tornei seguidora de Sanz por minha mãe». Nisso sim, Marina superou sua mãe, porque confessava que agora «eu sou mais fã».
Mas, a transmissão do «gene Sanz» não é um caso único. Se observam por qualquer parte na Plaza de Toros. Assim, Cristina é uma adolescente convertida ao «alejandrismo» por sua mãe Ana María, que segue este artista «desde que começou. Sempre o levo colocado no carro».
Todos foram disfrutando do maestro e de sua «equipe» de luxo: nove músicos, dirigidos pelo novaiorquino Mike Ciro.
Ao fechamento desta edição, o concerto continuava, mas o músico espanhol mais importante das últimas décadas já havia passado para a história desta cidade.
Até agora, Córdoba tinha cinco Califas de toureio. Já tem outro mais: um, adotado, da música, Alejandro Sanz.
Andrea Borges.
ClubSanzBrasil.
* No toureio, ação feita com a capa para ofuscar ou deter ao touro.
* Natural da antiga Ónuba, hoje Huelva.
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